Os aplicativos de frete estão ganhando força entre os caminhoneiros autônomos. Afinal, oferecem várias opções de serviços de transporte na palma da mão. Porém, essa nova tecnologia pode esconder armadilhas. Seja como for, há formas de minimizar as chances de cair numa cilada. Bem como evitar empreitadas pouco ou nada vantajosas. Para isso, listamos algumas dicas.
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Avaliar os preços do contrato é a primeira e uma das mais importantes. Afinal, valores abaixo do mercado são comuns nos apps. Segundo o assessor-executivo da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Marlon Maues, a explicação é simples. Ele diz que as plataformas online parecem com leilões. Porém, o vencedor é o motorista que oferece o valor mais baixo.
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Cuidados com a segurança
Segundo Maues, intermediários anunciam a maioria das cargas nos apps. Geralmente, são transportadoras. "É importante o caminhoneiro negociar somente com contatos que ele conhece”, diz. De acordo com ele, o motorista tem de agir como se fosse uma pequena empresa. Dessa forma, pode negociar condições mais favoráveis.
Além disso, é preciso checar a confiabilidade das informações. Embora os aplicativos de frete tenham ferramentas para identificar riscos, é necessário cautela. O ideal é buscar referências sobre o contratante e o tipo de frete. "Também sugiro falar com caminhoneiros que já tenham transportado para a empresa."
Tabela de frete
Segundo Maues, outra dica é desconfiar de valores acima dos praticados no mercado. Portanto, uma boa dica é conferir a tabela de preços mínimos de frete. “Se fizer apenas isso, o motorista já reduz bastante o risco de sinistro”, diz. Conforme o especialista, verificar a avaliação do contratante também ajuda muito.
Outra dica valiosa é ligar para o telefone fixo da contratante. Assim, dá para checar a veracidade das informações publicadas. Da mesma forma, em caso de dúvida ou suspeita, o caminhoneiro deve contatar o local de coleta. Assim, poderá saber se a carga existe e se está mesmo disponível.
Seja como for, as empresas do setor vêm investindo em dispositivos de segurança. Conforme a Fretebras, uma das maiores do ramo, com isso foi possível reduzir o número de casos suspeitos em cerca de 67%.