As linhas de montagem da indústria brasileira de caminhões estiveram aquecidas no primeiro semestre do ano. Segundo os dados consolidados pela Anfavea, associação que reúne as fabricantes do País, de janeiro a junho foram produzidas 49.587 unidades, alta de 37,7% sobre os 36.021 caminhões construídos nos primeiros seis meses de 2017.
Para o presidente da associação, Antonio Megale, o resultado é mais uma demonstração da trajetória de recuperação do segmento, ainda que o setor em geral tenha sentido efeitos negativos com a paralização do transporte de carga. “Estamos vivendo um período de instabilidade, ainda como efeito da greve dos caminhoneiros, além de alguma dificuldade devido a Copa do Mundo, que atrapalha tanto as vendas quanto a produção.”
Cabe lembrar que também em maio, dias antes do movimento dos caminhoneiros, uma greve de trabalhadores na Mercedes-Benz parou a linha de produção de caminhões na fábrica de São Bernardo do Campo (SP).
Publicidade
Somente em junho, a produção alcançou 8.635 caminhões, crescimentos de 27%. na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando contabilizou 6.797 unidades produzidas, e de 16,5% em relação a maio (7.423 unidades).
A categoria de caminhões pesados se mostra como a principal alavanca no resultado positivo da produção. Com participação de 45% no total produzido, as fabricantes montaram 22.466 modelos do segmento no primeiro semestre, alta de 66,6% em relação ao volume de um ano antes, de 13.485 unidades.
Depois dos pesados, aparecem os semipesados com a maior representatividade: 27% da soma geral, com 13.377 unidades construídas, expansão de 18% sobre os 11.340 caminhões produzidos um ano antes.
Ainda por segmentação, a produção de leves no primeiro semestre cresceu 37,9% para 9.661 unidades, respondendo por 19,5% da produção total. Os médios para participaram 6,3% ao somarem 3.089 modelos produzidos, alta de 4,3% ante os seis primeiros meses do ano passado.
O segmento de semileves foi o único da registrar queda no resultado da produção acumulada, de 19%, com 994 unidades produzidas, o que represento 2% da produção total.