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Tabela de frete mínimo tem reajuste que não contempla alta do diesel

A ANTT reajustou a tabela de frete mínimo em até 14% , mas variação não é suficiente para combater a inflação do diesel em 2022; entenda

Aline Feltrin, Especial para o Estradão

22 de mar, 2022 · 3 minutos de leitura.

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MEI CAMINHONEIRO
Crédito:Volvo/Divulgação

Depois do aumento de 25% do diesel nas refinarias, a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) atualizou a tabela do piso mínimo do frete. De acordo com o cálculo, o reajuste varia de 11% a 14%. A ANTT aplica esse percentual de acordo com o tipo de carga, o número de eixos do veículo, a distância e a operação.

Com a nova tabela publicada no Diário Oficial da União, o frete de um caminhão de dois eixos para transportar carga geral, por exemplo, passa a valer R$ 236. A tabela mínima de frete é fruto de uma reivindicação feita pelos caminhoneiros após a greve de 2018. E os preços devem seguir as especificações das cargas.

Contudo, a categoria alega que falta fiscalização para o cumprimento dessa tabela. Esse, aliás, foi um dos motivos da ameaça de uma nova paralisação dos caminhoneiros em 2021. Isso porque nova tabela mínima de frete não compensa as altas do diesel, e o combustível, atualmente, representa até 50% no custo total do caminhão.  


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De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (ABRAVA), Wallace Landim, alertou que o aumento dos custos fará com que o exercício da atividade de transporte torne-se inviável. Desta maneira, há o risco de escassez da oferta desse serviço para a sociedade. "Ninguém quer ou vai trabalhar no prejuízo", diz.

Soluções caseiras

Com o cenário econômico difícil, a solução ideal, de acordo com especialistas, é fazer um bom gerenciamento e cobrar o frete corretamente. Ou seja, uma gestão eficiente deve equilibrar os custos. Além de uma planilha financeira, é necessário sempre fazer um cálculo em cima do tipo de mercadoria e, então, provisionar os custos da operação.

E tudo precisa constar na planilha, desde o salário do motorista, o total dos custos fixos mensais, como, por exemplo, manutenção, pneus, combustível, e até o seguro do casco. Outra forma de diminuir prejuízos é poupar mais diesel durante a operação.


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