Com foco nas micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), além de incentivo para que o setor de transporte volte a investir, o BNDES promoveu mudanças em suas políticas operacionais que melhoram as condições de financiamento. A instituição passará a financiar até 100% o valor de caminhões e ônibus pelo Finame. Antes, a participação do banco se limitava a 80% do total.
O tomador do crédito terá prazo de dez anos para pagar, com carência de até dois anos. O interessado deverá negociar diretamente junto a instituição financeira credenciada pelo BNDES.
A mudança ocorre depois de entrar em vigor a Taxa de Longo Prazo (TLP) que, desde 1º de janeiro, substituiu a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) nas operações de crédito do banco de fomento.
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A TLP será anunciada mensalmente pelo Banco Central e é composta pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e pela taxa de juros prefixadas das Notas do Tesouro Nacional (NTN-B) vigente na hora da contração da linha de crédito.
Antes, a TJLP era definida a cada três meses com base na meta da inflação para o ano. Na prática, a TLP terá os mesmos patamares que a TJLP, mas gradualmente o índice deverá se igualar aos juros de mercado.
As alterações na política do banco também reclassificaram o porte das empresas de acordo com o limite máximo de faturamento. Agora, é considera pequena a empresa que fatura até R$ 4,8 milhões (antes era limitado a R$ 3,6 milhões). As médias são as que apuram receita entre R$ 4,8 milhões e R$ 90 milhões.
O banco também estendeu até 31 de dezembro de 2018 o BNDES Giro, linha de crédito destinada a ajudar empresas em dificuldades, principalmente no que diz respeito à necessidade de capital de giro. O orçamento para a linha é de R$ 32 bilhões. No ano passado foram liberados R$ 7 bilhões. Segundo o banco, o aumento significativo no recurso oferecido vem da avaliação do sucesso do financiamento e do diagnóstico de que há muitas empresas em dificuldades.