Em janeiro de 2021, a produção da indústria de caminhões foi de 8.600 unidades. Ou seja, 18,4% a menos que em dezembro de 2020 (10.500). Mas, ainda assim, é19,4% superior na comparação com o mesmo mês do ano passado (7.200). Os dados são da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgados na manhã de quarta-feira (04).
Segundo o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, é cedo para avaliar se este ano será favorável para a indústria. “Ainda há uma neblina para entender como será este ano”, diz.
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De acordo com ele, a preocupação é sobre como a economia do País irá reagir. Sobretudo com o fim do auxílio emergencial e, talvez, com um possível aumento de taxas de juros.
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A Anfavea, mais uma vez, informou que as fábricas estão enfrentado dificuldades. Sobretudo com atrasos nas entregas de insumos, como aço e pneus, entre vários outros.
Segundo o vice-presidente da Anfavea, Gustavo Bonini, a indústria está conseguindo, ao menos por enquanto, evitar que o problema de abastecimento afete o ritmo da produção. Contudo. ele diz que ainda não dá para saber quando a situação vai ser normalizada.
“Há uma série de dificuldades com (a entrega de) materiais diversos. Para compensar isso, estamos buscando soluções logísticas, como acelerar o ritmo do transporte de entrega, sobretudo o aéreo”, diz.
Ainda assim, a projeção da Anfavea é de que a indústria de caminhões tenha resultado positivo em 2021. Enfim, a estimativa é de produção de 116 mil unidades até dezembro.
Demanda mais distribuída
Por segmento, janeiro de 2021 não traz novidades. O maior volume de produção foi o de caminhões pesados, com 3.749 unidades. Depois vêm os semipesados, com 2926 unidades. Em seguida estão os leves (1.536), médios (341) e os semileves (8).
De acordo com Bonini, o agronegócio continua puxando a produção de caminhões. Mas o executivo afirma que a demanda está mais bem distribuída do que em 2020. Ou seja, há um bom número de pedidos vindos também dos setores de comércio eletrônico e mineração.
Vendas externas
As exportações somaram 1.400 unidades em janeiro de 2021. Ou seja, houve queda de 16,6% na comparação com dezembro de 2020, quando o Brasil exportou 1.600 caminhões.
Em relação a janeiro de 2020, no entanto, a alta foi de 53,4%. Foram enviados 900 veículos a outros países naquele mês.
Produção de ônibus
Por outro lado, a produção de ônibus em janeiro de 2021 foi de 1.421 unidades. Ou seja, houve queda de 41,3% na comparação com dezembro de 2020 (1.009). Ainda assim, houve "empate" em relação aos números de janeiro de 2020.
Segundo Bonini, o número de chassis feitos em janeiro de 2021 dá indícios do nível de produção que deverá se repetir nos demais meses do ano. “Apostamos em uma produção mensal de cerca de 1.500 unidades”, afirma o vice-presidente da Anfavea.
O executivo lembra que o setor foi um dos mais atingidos pela crise provocada pelo novo coronavírus. De acordo com ele, esse segmento ainda sofre os efeitos da pandemia.