As vendas de caminhões novos no Brasil caíram 12,31% em 2020. Foram emplacadas 89.207 unidades, ante as 101.733 registradas em 2019. Portanto, a diferença é de 12.526 caminhões. Os dados foram divulgados na manhã de terça-feira (5) pela Fenabrave. Em outras palavras, trata-se da federação que reúne as associações de concessionárias de veículos do País.
No entanto, os últimos meses de 2020 foram bastante positivos para o setor de caminhões novos. Em dezembro, as concessionárias venderam 9.639 unidades. Ou seja, houve alta de 6,84% ante as 9.022 unidades emplacadas em novembro.
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Ao mesmo tempo, o desempenho de dezembro de 2020 foi superior ao do mesmo mês de 2019. Em dezembro de 2019, as vendas de caminhões somaram 8.328 unidades. Logo, a alta foi de 15,74%.
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Vendas de caminhões foram prejudicadas pela covid-19
Contudo, o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Junior, diz que as fabricantes tiveram muita dificuldade para atender a demanda. Segundo o executivo, o motivo foi a retração da produção, provocada pela pandemia.
“A boa oferta de crédito e a melhora dos preços das commodities são fatores positivos, que impulsionaram e continuam mantendo a procura aquecida”, diz Assumpção.
Apesar das dificuldades, a projeção da Fenabrave é que as vendas de caminhões cresçam em 2021. De acordo com a federação, a alta deverá ser de 21,7%.
Setor de implementos fecha 2020 em alta
As vendas do setor de implementos em 2020 cresceram 6,11%. As empresas comercializaram 67.377 unidades. Em 2019, as vendas somaram 63.498 unidades.
Segundo Assumpção, o cenário para o setor de implementos rodoviários é parecido com o de caminhões. De acordo com ele, a demanda está maior que a oferta.
Contudo, os números de 2019 foram baixos. Isso explica o crescimento no acumulado do ano. “O crédito para este segmento continua sendo ofertado, com taxas de juros em níveis razoáveis”, diz o presidente da Fenabrave.
Em dezembro, foram vendidos 7.354 implementos rodoviários no Brasil. Ou seja, houve alta de 14,83% ante novembro (6.404). E também de 47,32% na comparação com o mesmo mês de 2019 (4.992).
Ranking por marcas
No ranking por marca, a Mercedes-Benz liderou as vendas de caminhões novos no Brasil em 2020. A marca alemã obteve 33,72% de participação. Em seguida vem a Volkswagen/MAN, com 28,69% do bolo. A Volvo conquistou 16,79% do mercado, a Scania, 9,76%, a Iveco, 5,68% e DAF, 4,29%.
Por segmento, os pesados mantiveram a liderança de vendas em 2020. O segmento respondeu por 48,94% de participação. Em seguida vêm semipesados (26,96%), leves (9,96%), médios (9,05%) e semi-leves (5,09%).
Por fim, o topo do ranking por modelo ficou com a Volvo. Ou seja, com o FH 540, que somou 5.870 emplacamentos.
Em seguida está o caminhão médio Volkswagen Delivery 11.180, com 4.458 vendas. O FH 460 ficou com a terceira posição. No total, foram vendidas 3.936 unidades.
Vendas de caminhões – os dez mais (dezembro/acumulado)
MARCA/MODELO | NOV. | ACUM. |
1º VOLVO FH 540 | 707 | 5.870 |
2º VOLKSWAGEN 11.180 | 345 | 4.458 |
3º VOLVO FH 460 | 568 | 3.936 |
4º VW MAN/24.280 | 402 | 3.577 |
5º SCANIA/R450 | 637 | 3.576 |
6º VW/MAN 9.170 | 268 | 3.199 |
7º MERCEDES-BENZ ACTROS 2651 | 317 | 3.131 |
8º DAF/ XF 105 | 8 | 2.924 |
9º MERCEDES-BENZ ACCELO 815 | 255 | 2.186 |
10º MERCEDES-BENZ ACCELO 1016 | 265 | 2.179 |
Os dez caminhões pesados mais vendidos
MARCA/MODELO | DEZ. | ACUM. |
1º VOLVO FH 540 | 707 | 5.870 |
2º VOLVO FH 460 | 568 | 3.936 |
3º SCANIA R 450 | 637 | 3.576 |
4º MERCEDES-BENZ ACTROS2651 | 317 | 3.131 |
5º DAF XF | 8 | 2.924 |
6ºMERCEDES-BENZ ACTROS 2546 | 56 | 1.739 |
7º SCANIA R 500 | 153 | 1.672 |
8º MERCEDES-BENZ AXOR 2544 | 116 | 1.603 |
9º MERCEDES-BENZ AXOR3344 | 165 | 1.364 |
10º MAN TGX 28.440 | 24 | 1.224 |
Os dez caminhões semipesados mais vendidos
MARCA/MODELO | DEZ. | ACUM. |
1º VOLKSWAGEN 24.280 | 402 | 3.577 |
2º MERCEDES-BENZ ATEGO 2426 | 321 | 2.527 |
3º MERCEDES-BENZ ATEGO 1719 | 191 | 2.089 |
4º VOLVO VM 270 | 211 | 1.932 |
5º VOLKSWAGEN 17.190 | 183 | 1.337 |
6º VOLKSWAGEN 17.230 | 108 | 1.133 |
7º VOLKSWAGEN 26.280 | 106 | 1.092 |
8º VOLKSWAGEN 24.260 | 162 | 1.069 |
9º MERCEDES-BENZ ATEGO 3030 | 164 | 1.044 |
10ºMERCEDES-BENZ ATEGO 2430 | 105 | 824 |
Os dez caminhões médios mais vendidos
MARCA/MODELO | DEZ. | ACUM. |
1º VOLKSWAGEN 11.180 | 345 | 4.458 |
2º MERCEDES-BENZ ATEGO 1419 | 107 | 902 |
3º VOLKSWAGEN 14.190 | 83 | 687 |
4º MERCEDES-BENZ/ACCELO1316 | 54 | 647 |
5º VW/MAN 13.180 | 51 | 516 |
6º IVECO TECTOR 11-190 | 56 | 460 |
7º VOLKSWAGEN 13.190 | 3 | 223 |
8º MERCEDES-BENZ 1418 | 21 | 83 |
9º FORD CARGO 1119 | 1 | 39 |
10º VOLKSWAGEN 15.180 | 1 | 9 |
Os dez caminhões leves mais vendidos
MARCA/MODELO | DEZ | ACUM. |
1º VOLKSWAGEN 9.170 | 268 | 3.199 |
2º MERCEDES-BENZ ACCELO 815 | 255 | 2.186 |
3º MERCEDES-BENZ ACCELO 1016 | 265 | 2.179 |
4º IVECO TECTOR 9-190 | 50 | 434 |
5º HYUNDAI HD 80 | 30 | 225 |
6º VOLKSWAGEN 9.160 | 51 | 161 |
7º IVECO DAILY 70C 17 | 5 | 150 |
8º FORD CARGO 816 | 1 | 86 |
9º MERCEDES-BENZ ACCELO 915 | 13 | 83 |
10º FORD F-4000 | 0 | 78 |
Os dez caminhões semileves mais vendidos
MARCA/MODELO | NOV. | ACUM. |
1º MERCEDES-BENZ SPRINTER 416 | 221 | 1.833 |
2º MERCEDES-BENZ SPRINTER 415 | 8 | 720 |
3º MERCEDES-BENZ SPRINTER 516 | 72 | 534 |
4º VOLKSWAGEN 6.160 | 53 | 534 |
5º IVECO DAILY 45-170 | 42 | 200 |
6º MERCEDES-BENZ SPRINTER 515 | 1 | 199 |
7º IVECO DAILY 65-170 | 42 | 183 |
8º IVECO DAILY 55-170 | 21 | 103 |
9º IVECO DAILY 55C17 | 3 | 83 |
10º MERCEDES-BENZ SPRINTER | 4 | 82 |
Setor de ônibus recua 33%
De acordo com a Fenabrave, as vendas de ônibus caíram 33% em 2020. No ano passado, os emplacamentos somaram 18.219 unidades. Em 2019, o setor emplacou 27.193 ônibus.
Já em dezembro, os emplacamentos de ônibus recuaram 11,07% ante novembro. No mês passado, foram vendidas 1.551 unidades. Já no mês anterior foram vendidos 1.744 ônibus novos no País.
Contudo, na comparação com dezembro de 2019 (2.434 unidades), o resultado foi 36,28% menor. O segmento foi o mais impactado pela pandemia. "A produção também sofreu com a falta de insumos e componentes”, diz Assumpção.
Na próxima sexta-feira (8) a Anfavea vai divulgar os dados de produção de 2020. Além disso, a associação das fabricantes revelará as previsões para o setor neste ano.