O Banco Mercedes-Benz chegará à marca de R$ 200 milhões em financiamentos de caminhões usados por meio de CDC em 2020. A linha de crédito está disponível desde 2019, mas ganhou destaque neste ano por causa da lata na procura por usados.
O bom resultado é reflexo também da parceria com a SelecTrucks, divisão de caminhões usados da marca. A informação é de Diego Marin. Ele é diretor de Vendas e Marketing do Banco Mercedes-Benz.
“É um negócio menor na comparação com o financiamento de novos, mas evoluímos muito”, diz. Em 2020, o volume destinado ao financiamento de caminhões novos deverá somar R$ 4,8 bilhões.
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Agronegócio puxa setor de caminhões usados
Em entrevista ao Estradão em setembro, o gerente da SelecTrucks, Luiz Pereira, disse que o aumento das vendas de caminhões usados em 2020 foi motivado pelo agronegócio.
Segundo ele, os pequenos transportadores tiveram de correr para atender a demanda. Em outras palavras, muitos optaram por investir em caminhões usados.
Além disso, há modelos zero-km em falta no mercado. Além disso, de acordo com Pereira, as parcelas mais baixas são um grande atrativo.
Sobretudo na comparação do CDC do Banco Mercedes-Benz ante a modalidade convencional. Contudo, o cliente precisa ficar atento. Afinal, há uma parcela residual. No fim do contrato, ela deve ser paga.
CDC Flexibility tem planos especiais
CDC Flexibility. Esse é nome do produto do banco da marca alemã. Dá para dar uma pequena entrada e pagar parcelas fixas reduzidas. Há uma final no valor de recompra do bem.
No fim do plano, a recompra é garantida. E pelo valor previamente definido. Isso facilita a troca por outro modelo. Contudo, para ter direito a essa facilidade o cliente tem de cumprir as cláusulas do contrato.
Há opções de financiamento de 24 a 60 parcelas para os modelos Mercedes-Benz Atego e Accelo, De acordo com a empresa, tanto para caminhões usados quanto para novos.
Além disso, o valor das parcelas pode ser até 54% mais baixo que o de financiamentos convencionais. A informação é do Banco Mercedes-Benz.
Volvo também tem linha de crédito para caminhões usados
O Estradão também consultou DAF, Iveco, Volkswagen Caminhões e Ônibus e Volvo. Apenas a Volvo oferece uma linha de crédito para financiamento de caminhões usados.
Segundo informações do banco da marca sueca, trata-se do CDC pré-fixado. Os clientes que mais optam por essa modalidade são caminhoneiros autônomos e frotistas de pequeno e médio porte.
Há opções de planos de 48 a 60 meses. Os contratos de CDC correspondem a 90% dos negócios do banco com caminhões usados, segundo informações da Scania.
Por último, os 10% restantes correspondem ao consórcio. A instituição financeira bateu recorde no volume de financiamento de caminhões usados em 2020.
CDC para caminhões novos e usados
Afinal, o CDC é a modalidade de crédito mais procurada por frotistas na hora da compra de caminhões usados e novos. Por exemplo, essa linha tem 48% de participação nos negócios a prazo.
Em seguida vêm o Finame, com 30%, e o consórcio, com 4%. Os dados são da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras, a ANEF.
As principais vantagens do CDC são a menor burocracia e as taxas de juros pré-fixadas. E até novembro essa modalidade era isenta do IOF. Trata-se do Imposto sobre Operações Financeiras.
Selic é a mais baixa da história
A isenção também ajudou a impulsionar as operações de CDC. Mas o fim do benefício não deve reduzir drasticamente a vantagem do CDC em relação ao Finame, por exemplo.
A opinião é do diretor de Vendas e Marketing do Banco Mercedes-Benz. Ainda assim, a procura por operações por meio do Finame voltou a crescer.
Isso porque o Finame é atrelado à Selic. Trata-se da taxa básica utilizada na economia brasileira. E os juros estão no nível mais baixo da história.