A Meritor deu início à produção do eixo tandem MT-610 no Brasil. O sistema, com redutor nos cubos de roda, tem Capacidade Máxima de Tração (CMT) de 125 toneladas. A novidade está no Volkswagen Constellation 33.460 6x4, apresentado na semana passada juntamente com a linha rodoviária Meteor.
O Constellation 33.460 6x4 tem Peso Bruto Total Combinado (PBTC) de 74 t. O novo caminhão tem Capacidade Máxima de Tração (CMT) de 125 t. O foco do novo modelo são operações com elevada carga em estradas de asfalto e terra.
O novo modelo tem motor MAN D26 de 460 cv de potência. O seis-cilindros gera torque de 234,6 mkgf. O modelo tem transmissão automatizada ZF Traxon de 12 ou 16 marchas.
Publicidade
Novo eixo da Meritor é fruto de investimentos de R$ 13,5 milhões
Com carcaça fundida, o MT-610 foi projetado para atividades de grande impacto, como operações fora de estrada. As informações são da Meritor. De acordo com a empresa, o desenvolvimento do novo eixo contou com investimentos de US$ 2,4 milhões (cerca de R$ 13,5 milhões na conversão direta).
Os recursos foram aplicados na aquisição de novos maquinários e no processo de manufatura. Além disso, a empresa investiu no aumento do número de componentes nacionais na produção do eixo.
“Desenvolvemos um novo par de coroa e pinhão com corte a seco, diz o gerente-sênior de engenharia do produto da Meritor Brasil, Fábio Brandão. De acordo com ele, houve avanços significativos na performance e durabilidade do componente, além de redução no nível de ruído.
Produção utiliza menos material
A nova carcaça foi desenvolvida em parceria com a área de engenharia da VW Caminhões e Ônibus. “Reduzimos o volume de peças utilizadas. Isso facilita o trabalho das montadoras por proporcionar melhor utilização do envelope do eixo no chassi do caminhão”, afirma Brandão.
De acordo com informações da Meritor, outra vantagem da nova carcaça é o baixo índice de manutenção. Isso se deve à ausência de soldas no processo de produção.
Eixos com redutores mais robustos
A Meritor é uma das principais fornecedoras de eixos para veículos pesados do Brasil. Entre as clientes estão a VWCO e a DAF. Scania, Volvo e Mercedes-Benz produzem os próprios eixos. Essas marcas também têm componentes para veículos utilizados em operações super pesadas.
É o caso do eixo HL7 dos caminhões da Mercedes-Benz. O componente tem redutor nos cubos de roda para encarar o uso misto ou no fora de estrada. Um dos modelos que podem vir com o HL7 é a nova linha Actros 2648, 2651 e 2653 com tração 6x4.
Na família Axor 3344, 3131 e 4144, o eixo é item de série. Isso porque esses modelos são dedicados ao uso no fora de estrada. É o caso de operações como mineração e cana-de-açúcar, por exemplo.
O eixo da Volvo tem a maior CMT do segmento: 250 t. Trata-se do RTH3312 com redução nos cubos em tandem. O componente está em modelos utilizados em condições severas e aplicado na linha off-road FMX.
A Scania oferece três opções de eixo para caminhões de uso misto e fora de estrada. O RPB 735+RP 735 tem CMT de 100 t. No RPB 835+RP 835 a capacidade é para 150 t e RPB 900+RP 900 pode ser utilizado em operações que necessitam de CMT de até 210 t. Esses componentes equipam caminhões das gamas P e G com tração 6x4 e 8x4.