Os sinais da recuperação do segmento de caminhões são mais evidentes a cada mês que passa. Resultados do balanço divulgados pela Anfavea, a associação que reúne as fabricantes de veículos no País, na quarta-feira, 8, não deixam dúvidas. A começar pelo chão de fábrica.
Em outubro a indústria de caminhões produziu 8.241 unidades, alta de 77,8% sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram fabricados 4.635 caminhões. No acumulado do ano até outubro, as fábricas instaladas no País produziram 67.285 caminhões, volume 31,9% maior na comparação com as 51.018 unidades produzidas ao longo dos dez primeiros meses de 2016.
Os resultados positivos apresentados na produção se devem em boa medida ao reaquecimento das vendas do mercado interno. No mês passado, os licenciamentos somaram 5.029 caminhões, evolução de 46% em relação às vendas de 3.444 unidades registradas em outubro do ano passado. Nos dez primeiros meses do ano, no entanto, os 40.393 caminhões emplacados representam queda de 4,5% frente aos 42.309 veículos pesados de carga licenciados há um ano.
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“O ano deve terminar com volume próximo do registrado em 2016, em torno de 50.000 unidades”, estima Luiz Carlos de Moraes, vice-presidente da Anfavea e diretor de relações institucionais da Mercedes-Benz do Brasil. “Ainda é um volume baixo se considerar a capacidade instalada da indústria. A diferença é que o ambiente de negócio está mais favorável. O empresário está voltando às compras.”
O desempenho apresentado pelas exportações também contribuiu com as altas generalizadas. As remessas de caminhões em outubro somaram 2.348 unidades, volume 42,2% acima daquele registrado no mesmo mês de 2016, de 1.651 unidades. Nos dez primeiros meses do ano, os embarques apontaram aumento de 41%, com 23.838 caminhões enviadas para fora contra 16.908 registrados um ano atrás.