Pirelli em nova fase: nasce a Prometeon Tyre Group
Fabricante muda de nome na operação industrial

A Pirelli participou da 21ª da Fenatran em nova fase. Além dos produtos expostos no estande, a empresa mostrou o logotipo nas cores azul e cinza, identificando agora as atividades da ex Pirelli Industrial, que se desvincula da operação Consumer, ou seja, os pneus destinados ao consumidor e que mantém o tradicional logo amarelo e vermelho.
“A separação acontece com a chegada do novo controle acionário”, afirma Murilo Fonseca, diretor global de operações do Prometeon Tyre Group, a ex Pirelli Industrial. “Estamos retomando nossa vocação histórica no segmento do truck, pois a Pirelli produziu seu primeiro pneu de caminhão em 1896.”
A mudança não tira a Pirelli da Itália, mas cria um braço de manufatura na China. Com quatro outras fabricantes, ela deu início à consolidação de uma nova empresa que se chamará Prometeon, provavelmente até abril de 2018, quando for aprovada pelos órgãos competentes da China. Segundo Fonseca, os pneus produzidos pela nova empresa seguirão com a marca Pirelli mesmo depois da reestruturação operacional.
Os executivos da Prometeon mostram otimismo com a ligeira reação do mercado brasileiro. Tomas Salazar, CEO da Prometeon para a América Latina, admite que 2016 foi um ano ainda complicado para o segmento de pesados. O que puxou as vendas um pouco para cima foi o agronegócio”, revela. “Em 2017, vemos uma luz no túnel, ainda não muito brilhante, mas já é um cenário alentador.”
Ele adota uma postura conservadora ao evitar falar de números. “A previsão para 2018, porém, é de crescimento”, afirma. Murilo Fonseca vai no mesmo caminho: “O crescimento virá em velocidades diferentes de acordo com os segmentos de aplicação”, diz.
O otimismo se deve em grande parte aos avanços tecnológicos dos pneus. “Nos últimos dez anos, o design, as matérias primas e os processos empregados na fabricação deram um salto de evolução”, destaca o diretor mundial de operações. ‘Tudo isso leva a uma melhor performance do pneu, que reflete em mais eficiência e menor custo operacional ao transportador.”