Décio Costa

20/04/2018 - 5 minutos de leitura. Atualizado: 04/05/2018 | 16:13

A Volvo e os caminhos pela eficiência e segurança

As soluções tecnológicas encaminhadas pela fabricante que pavimentam o transporte de amanhã

Volvo FMX autônomo em operação na mina de Boliden, Suécia Crédito: Crédito: Volvo Truck

De uma maneira simplista e apesar da gigantesca evolução, o transporte de carga rodoviário praticamente não mudou nos últimos 100 anos. O motorista segue no comando de caminhões movidos há diesel como há um século. Nos próximos 10 anos, no entanto, o segmento verá as mudanças mais rápidas já vistas e sem precedentes na história.

O cenário de transformação acelerado é ponto de partida do vice-presidente global da Volvo Trucks, Lars Terling, para apontar que o futuro do transporte será baseado em três pilares: automação, conectividade e eletromobilidade.

“As mudanças no clima, o aumento populacional das cidades e a segurança viária hoje determinam as bases de desenvolvimento de inovações na indústria”, disse executivo em evento dedicado a tratar de tendência no transporte. “Para enfrentar os desafios será fundamental conectar caminhões, sociedade e sistemas de transporte, bem como oferecer assistência de direção e mais segurança.”

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De acordo com Terling acredita ainda que até 2030, prazo relativamente custo, os acidentes de trânsito serão cada vez mais raros. Tecnologias sustentadas por câmeras e radares, além da automação, serão capazes de eliminar acidentes. “De 5 a 10 anos, caminhões terão sistema que identificam o ambiente à sua volta, detectando obstáculos, pessoas e outros veículos.”

Algumas operações encabeçadas pela Volvo já resultados bem-sucedidos. Em Gotemburgo, na Suécia, alguns bairros residenciais já são beneficiados por um caminhão de lixo autônomo. Além do veículo rastrear o ambiente para se desviar dos obstáculos na rua, e identificar pedestres, o caminhão se movimenta de ré acompanhando os passos do trabalhador. Também na Suécia, outro modelo da marca da linha FMX é utilizado nas galerias subterrâneas em uma mina de ferro em Boliden.

“O uso da automação em locais confinados é muito simples e seu maior desenvolvimento deve seguir por aí, em ambientes restritos ao trânsito, como terminais, minas e na agricultura”, acredita Terling. “Em minas, por exemplo, o veículo contribui inclusiva com a eficiência da operação. Pode entrar no local da exploração logo após uma explosão, o que para o ser humano levaria horas até os gases contaminantes serem dispersos e organizar o fluxo logístico.”


Oferecer mais eficiências às atividades de transporte e garantir menos risco são objetos de pesquisa da fabricante no que denominou canteiro de obras elétricos. O projeto reúne protótipos de máquinas de construção com tecnologias, autônomas, híbridas e elétricas.

Escavadeira, carregadeira e transportador de material são conectados entre si e com o ambiente de trabalho que o cercam. No caso, a conectividade organiza e determina os deslocamentos das máquinas, os locais de trabalho, a produção e os ciclos da operação. Segundo os estudos preliminares, a solução reduzirá a emissão de CO2 em 95% e o custo total de propriedade (TCO) será 25% menor.

A empresa também dá os primeiros passos comerciais em direção à eletromobilidade, com a recente apresentação o FL Electric. O modelo, destinado a distribuição de carga urbana, começará a ser oferecidos aos mercados europeus no ano que vem.


“Iniciaremos pelas aplicações de curtas distâncias e de maior impacto do ponto de vista ambiental”, resume Terling. “Caminhões elétricos podem ajudar na redução da poluição e do tráfego, na medida em que podem ser mais usados em horários alternativos, à noite, por exemplo.”

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