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Scania lança nova transmissão G33 para caminhões pesados

A transmissão G33 chega primeiro nos caminhões Scania traçados e com potência a parir de 500 cv e permite reduzir o consumo de diesel em até 3%

Andrea Ramos

03 de jun, 2022 · 7 minutos de leitura.

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Caminhões pesados Scania ganham nova transmissão G33
Caminhões pesados Scania ganham nova transmissão G33
Crédito:Scania/Divulgação
Caminhões pesados Scania ganham nova transmissão G33

Após apresentar novos motores na Europa, o que garantiu um prêmio ao Scania R 500, a fabricante sueca lança a nova geração de transmissão que já roda no Brasil. Trata-se da caixa G33, que, ao menos por ora, equipa os caminhões traçados rodoviários com motores de 500 cv e 540 cv de potência. Apesar de a Scania no Brasil não revelar detalhes, a expectativa é de que toda a linha receba essa transmissão para atender as regras do Proconve 8 (Euro 6), que entram em vigor em janeiro de 2023.

Do mesmo modo, a partir do terceiro trimestre deste ano, a marca começa a vender a G25 no Brasil. Essa transmissão chegou juntamente com a G33 na Europa. Porém, para atender os caminhões semipesados e pesados com motores de menor potência. Seja como for, a G33 trabalha com torque 337 mkgf. Enquanto na G25 o torque inicial de 255 mkgf.

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Assim, as novas caixas devem substituir completamente a linha GRS905, inclusive na Europa. Por lá, a família anterior continua sendo oferecida nos caminhões off-road. No Brasil, a GRS905 equipa a linha de caminhões com potências inferiores a 500 cv, bem como os fora de estrada.

Mais leve

Caminhões pesados Scania ganham nova transmissão G33
Sistema de troca automatizada Opticruise foi mantido

Segundo a Scania, a carcaça das novas caixas é feita de alumínio. Portanto, a G33 é 60 kg mais leve que a anterior. Na G25, são 75 kg de diferença. Além disso, elas são menores, de acordo com a marca. Conforme a fabricante, outra boa novidade é a redução do ruído.


Afinal, trata-se de um requisito essencial para cumprir regulamentações como a Euro 6 no Brasil. De acordo com a Scania, a redução do ruído é de até 3,5 dB. Segundo o engenheiro de pré-vendas da Scania no Brasil, Ivanovik Marx, as caixas são 100% novas.

Da mesma forma, utilizam dois sincronizadores, ante sete da versão anterior, entre divisão alta e baixa. Em outras palavras, os eixos podem trabalhar com muito mais torque. Ademais, contam com diversos tipos de tomada de força. Dessa forma, permitem atender variados tipos de aplicação.

Transmissão pode equipar caminhões autônomos

Seja como for, a nova linha conta com as mesmas relações da anterior. Ou seja, são 13 marchas à frente e uma crawler (marcha de força). Entretanto, diferentemente da GRS, que tem até duas marchas a ré, a nova caixa pode receber até oito marchas para manobras em ré. Com isso, a caixa chega preparada para atender futuras tecnologias, como a dos caminhões autônomos, que vão demandar mais recursos de manobras.


Na maioria das caixas tradicionais, engatar a ré implica deixar uma roda dentada separada girar o eixo principal na direção oposta. Por outro lado, na nova linha Scania há um engate planetário no eixo de saída. Assim, sua ativação ocorre com o bloqueio do suporte da roda planetária.

Dessa forma, há mais flexibilidade para usar qualquer uma das oito relações de transmissão na caixa principal. Com isso, a velocidade pode ser de até 54 km/h. Esse recurso será ideal em operações como as de basculantes. Esses caminhões rodar bastante em marcha a ré em canteiros de obras, por exemplo.

Caminhões pesados Scania ganham nova transmissão G33
Scania R 500 6x4 é vendido com a G33 no Brasil

Opticruise evoluído

Vale ressaltar que a Scania manteve a oferta da função automatizada. Porém, faz trocas de forma mais dinâmica, segundo a marca, que chama o sistema de Opticruise.

Ademais, o menor número de sincronizadores exige mais do sistema de gerenciamento. Portanto, os novos dispositivos eletrônicos gerenciam os atuadores pneumáticos e os três freios de eixo. Conforme a marca, eles são fundamentais para garantir mudanças de marcha rápidas, suaves e precisas.

No Brasil, as opções de relação de diferencial traseiro foram mantidas. "Mesmo porque, as primeiras marchas estão mais reduzidas, e a última, mais longa, com Overdrive e relação 0,78", diz Marx. Segundo ele, as primeiras marchas garantem maior capacidade de vencer rampas. "As últimas ajudam a reduzir o consumo de diesel", afirma.


Economia

De acordo com a fabricante, a redução de diesel é de 1%. Contudo, ao adicionar tecnologias como a que seleciona sempre a marcha mais adequada, a economia pode chegar até 3%. Seja como for, com a chegada da nova linha, a transmissão manual deixa de ser oferecida.

Segundo Marx, isso ocorre por causa da baixa procura. Segundo ele, a transmissão automatizada equipa mais de 99% dos caminhões novos vendidos pela empresa.

Por fim, os componentes da nova família de caixas são feitos na fábrica da Scania em Colombres, que fica na província de Tucumán, na Argentina. E são exportados para o Brasil e países da Europa.


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