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Implementos pesados reagem em outubro, mas resultado anual ainda é negativo

Implementos pesados sobem 7,4% em outubro, mas o acumulado de 2025 ainda registra queda; leves seguem em alta

Redação

12 de nov, 2025 · 3 minutos de leitura.

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Venda de implementos pesados acumula retração de quase 20% comparado ao desempenho do ano passado
Crédito:Randon/Divulgação

O mercado brasileiro de implementos rodoviários registrou desempenho misto em outubro de 2025, com sinais de recuperação pontual para alguns segmentos. No mês passado, o setor de implementos pesados — formado por reboques e semirreboques — apresentou crescimento de 7,4% em relação à média anual, com 6.460 unidades emplacadas, superando a média de 6.012 unidades registrada ao longo do ano. Apesar dessa alta mensal, o acumulado de 2025 ainda mostra retração de 19,96%. Os dados são da Associação Nacional Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR).

O segmento de carrocerias sobre chassis, classificado como leve, registrou nova alta nos emplacamentos. Em outubro, foram vendidos 7.520 produtos, volume 15,3% acima da média anual de 6.521 unidades.

Quando se considera o mercado de implementos como um todo, a soma dos segmentos indica uma retração de 6,02% de janeiro a outubro de 2025 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Nesse ínterim, a indústria vendeu 125.341 implementos, ante 133.376 unidades em 2024.

Caminhões e implementos em queda em 2025

As vendas de caminhões também apresentaram queda em outubro. Conforme dados da Fenabrave, o volume vendido de janeiro a outubro de 2025 foi de 92.317 unidades. No mesmo período de 2024, o total foi de 100.390 produtos, o que representa recuo de 8,04%.

De acordo com José Carlos Spricigo, presidente da ANFIR, o queda das vendas nos setores de caminhões e implementos desacelera o desenvolvimento do País. “Os dois setores de mercado são motores importantes do desenvolvimento econômico brasileiro e refletem diretamente o andamento dos negócios no Brasil.”


Além disso, Spricigo defendeu mudanças na política econômica para a recuperação sustentável do setor: “Faz-se necessário o controle de gastos para que, com superavit, o Banco Central possa aliviar esta taxa Selic, que influencia negativamente os negócios, principalmente os de bens de capital", afirmou.

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